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Notícia

DPS na Nota Fiscal de Serviço: o que é e para que serve

Entenda o que é a Declaração de Prestação de Serviços, como ela funciona, sua relação com a NFS-e e quando deve ser emitida

A Declaração de Prestação de Serviços (DPS) é um documento utilizado para formalizar e detalhar os serviços prestados, funcionando como um complemento à Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e).

Seu objetivo é registrar informações que muitas vezes não cabem no documento fiscal padrão, garantindo clareza e segurança nas relações entre o prestador e o tomador do serviço.

A DPS pode ser emitida tanto por empresas com CNPJ quanto por prestadores autônomos, e pode servir como complemento à NFS-e ou como documento que antecede sua emissão, dependendo do modelo de operação adotado pelo contribuinte.

Finalidade da Declaração de Prestação de Serviços

A DPS tem como função formalizar as informações da prestação do serviço, assegurando que ambas as partes — prestador e tomador — estejam cientes dos detalhes do trabalho realizado.

O documento pode ter dois propósitos principais:

  1. Complementar a NFS-e — Quando utilizada após a emissão da nota fiscal, a DPS permite incluir detalhes técnicos, especificações contratuais, resultados e outras informações relevantes que não constam na nota eletrônica.
  2. Anteceder a NFS-e — Em locais ou situações em que o prestador não tem acesso à internet no momento da execução do serviço, a DPS pode ser emitida manualmente ou por meio de sistema eletrônico e, posteriormente, convertida em NFS-e, dentro do prazo definido pela legislação municipal.

A DPS e sua relação com a validade jurídica

É importante ressaltar que a DPS não substitui a nota fiscal. A NFS-e é o documento fiscal oficial reconhecido por lei, enquanto a DPS tem caráter complementar ou preparatório.

As prefeituras estabelecem prazos específicos para que a DPS seja convertida em NFS-e, garantindo a regularidade fiscal da operação. O não cumprimento desse prazo pode gerar inconsistências no controle de serviços prestados e riscos tributários ao contribuinte.

Informações que devem constar na DPS

A Declaração de Prestação de Serviços deve conter dados completos sobre a operação, garantindo rastreabilidade e transparência. Entre as informações obrigatórias estão:

  • Identificação do prestador e do tomador (nome, CNPJ e endereço);
  • Descrição detalhada do serviço realizado;
  • Valor e forma de pagamento;
  • Condições contratuais, prazos e garantias;
  • Assinaturas das partes envolvidas.

Esses elementos asseguram que a DPS cumpra sua função como registro técnico e administrativo da prestação de serviços.

Exemplo prático de uso da DPS

Para ilustrar o funcionamento, imagine que a Empresa A foi contratada pela Empresa B para realizar a manutenção de 10 computadores, pelo valor total de R$ 10.000,00.

Após a execução do serviço, a Empresa A emite a NFS-e para cobrança e, junto a ela, uma DPS detalhando as atividades realizadas, o prazo de execução e as condições de garantia.

Item

Descrição

Identificação das partes

Prestadora: Empresa A (CNPJ xxx.xxx.xxx/xxxx-xx), sediada em <endereço>; Tomadora: Empresa B (CNPJ xxx.xxx.xxx/xxxx-xx), sediada em <endereço>.

Descrição do serviço

Manutenção de 10 computadores, com diagnóstico de travamentos e substituição de componentes conforme avaliação técnica.

Valor e forma de pagamento

R$ 10.000,00, com pagamento à vista.

Termos e condições

Serviço realizado na sede da contratante, com prazo de cinco dias e garantia de 30 dias após a conclusão.

Informações adicionais

Testes finais acompanhados por representante da contratante.

Assinaturas

Assinatura dos responsáveis de ambas as empresas.

Esse modelo demonstra como a DPS complementa a nota fiscal, assegurando transparência e registro detalhado da prestação.

Série e número da DPS: o que significam

Ao converter uma DPS em Nota Fiscal de Serviço Eletrônica, o sistema da prefeitura geralmente solicita o número e a série da DPS.

Esses campos funcionam como um mecanismo de controle e rastreabilidade, vinculando a nota fiscal emitida à declaração original. Dessa forma, é possível comprovar a correspondência entre a DPS e a NFS-e, mantendo a integridade das informações fiscais e contábeis.

Emissão da DPS: manual ou eletrônica

A DPS pode ser emitida manualmente ou por meio de sistemas eletrônicos.

  • Na forma manual, o documento deve conter as assinaturas das partes envolvidas e pode, se necessário, ser autenticado em cartório.
  • Na forma eletrônica, o contribuinte deve utilizar sistemas compatíveis com o ambiente da prefeitura, especialmente agora que a NFS-e Nacional busca padronizar o modelo de emissão em todo o país.

Essa integração facilita o controle fiscal e reduz a burocracia, permitindo que pequenos prestadores e autônomos também mantenham sua documentação regular.

Importância contábil e fiscal da DPS

Mesmo sem valor fiscal, a DPS tem relevância jurídica e contábil. Ela pode ser utilizada para:

  • Comprovar a prestação de serviço — servindo como documento auxiliar em auditorias ou disputas judiciais;
  • Complementar o registro contábil, oferecendo base documental para receitas e despesas;
  • Assegurar transparência — registrando todas as condições acordadas entre prestador e tomador;
  • Proteger ambas as partes — em caso de questionamentos sobre o cumprimento do serviço.

Assim, a DPS funciona como um instrumento de boa-fé e governança contratual, reforçando a segurança nas relações comerciais.

A Declaração de Prestação de Serviços (DPS) é um documento essencial para formalizar e detalhar a execução de serviços, especialmente quando a Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) não comporta todas as informações relevantes.

Embora não substitua a nota fiscal, a DPS oferece transparência, rastreabilidade e respaldo documental para empresas e autônomos, contribuindo para uma gestão fiscal mais organizada e segura.

Com a expansão da NFS-e Nacional, a tendência é que a integração entre os sistemas municipais torne o uso da DPS ainda mais simplificado e padronizado em todo o país.